Queima o Filme: UltraVioleta

Iae pessoal, tudo beleza? Como já é de praxe aqui no Zé, a gente assiste um bom filme ruim (hehe) e faz a crítica pra vocês evitarem as piores mer*as do cinema. Mas agora o negócio ficou pró, ganhou nome e até um logotemazinho. Está declarada oficialmente aberta a coluna Queima o Filme aqui do Zé Guardinha.
Este é o terceiro filme que eu faço a crítica, veja as outras duas pérolas AQUI e AQUI. Ou não né, vai saber se você gosta de críticas de filmes ruins. Ah quer saber? Se fo*a.

Ultraviolet

Ma va benne, o filme de hoje é o quase passável UltraViolet (não sei se eu coloco as letras maiúsculas no U e no V ou só no U. Se fo*a.), filme de 2006 dirigido pelo (imagino eu) estagiário Kurt Wimmer e tem como estrela Mila Jovovich. Não conhece ela Zézinho? A a patcha gostosa de filmes como Quinto Elemento, Joana D’Arc e da trilogia Resident Evil. Ah, agora refresquei tua memória né? Seu punhetei*o.

Ultra Violeta: Mila Jovovich mais totosa do que nunca.

Você coloca o DVD no aparelho e o filme promete, o menu é beeem legalzinho (uma parte importantíssima de um DVD é o menu, se o menu for ruim o filme já perde metade do charme), ai você começa a assistir e o filme te introduz do que se trata através de uma mensagem semântica bem interessante: os créditos são apresentados sob a forma muito legal de capas das hipotéticas revistas em quadrinhos da UV, mas entenda, ela NÃO foi baseada em uma revista em quadrinhos e aquilo é apenas a introdução pra você pegar leve sacar que o filme vai ter muito realismo fantástico exatamente como nos quadrinhos. Ok, pensei eu, vou desligar meu cérebro e assistir a um filme com bastante ação acerebrada e uma gostosa de roupa colada a vácuo (como nos filmes do Michael Bay), mas a coisa não foi bem assim Zézinho...

Ai a história começa explicando malemá qual o lance do filme: no começo do século 21 o governo americano (sempre ele né?) tava pesquisando um vírus e BAM, a mer*a se espalhou pelo mundo todo, forçando as pessoas a viverem com medo e o governo implantar uma ditadura fudi*a pra controlar a praga. Acho que eu já vi isso em algum lugar, mas whatever vamos continuar; a tal da praga transforma os infectados em hematófagos. O que seria um hematófago? Tive que religar meu cérebro e ir pesquisar pra descobrir que os hematófagos que o filme trata são vampiro. Um vampiro rapaaaaaz. Ai está a parada.

Por via das dúvidas deixei meu cérebro ligado o resto do filme.

Bem a UV era uma mulher que perdeu o marido e o filho, assassinados pra conter a praga, mas ela conseguiu escapar. E vários anos depois ela faz parte da resistência dos hematófagos que só querem seu lugarzinho ao sol... ou à sombra né, já que vampiros tem sensibilidade à luz. Quer dizer, todos os outros, menos ela, mas nem se estressa, isso NÃO é explicado no filme.

Mila Jovovich em três reprises de si mesma, à esquerda em Resident Evil, ao centro em O Quinto Elemento e à direita em UltraViolet: mulher que bate pra caral*o e que teve o corpo alterado por alguma mer*a genética e que é a última esperança da humanidade. Melhor mudar de agente, não?

E por falar em explicação, o filme fica devendo muito nessa parte. Esse diretorzinho de mer*a deveria aprender com o Michael Bay; se o filme é uma ação acerebrada, por favor, NÃO ME FAÇA PENSAR MUITO POR*A! Mas não é o caso deste filme, que se perde algumas vezes em flashbacks e plot twists extremamente sutis, mas sutis mesmo, a ponto de eu ter que volta um poquinho pra entender do que se trata. You fail.

Continuando, em uma missão ela consegue roubar a arma definitiva pra acabar com os hematófagos: um guri que só tem nove horas de vida e cujo corpo tem um vírus capaz de dizimar todos os vampiros. Mas você nem precisa se estressar, esse “só tem nove horas de vida” é totalmente ignorado no final do filme, uma vez que ele chega até o final vivinho da silva. Acho que o roteirista desse filme é o mesmo daquela novela dos mutantes da record. Haha.

Whoo-ho, eu poderia ser muito bem uma figurante desse filme.

É o meu c* mesmo, o filme tem umas piras tão erradas e confusas que parece até algo daquele idiota do David Lynch, como por exemplo, a moto dela que através de um construto lá consegue andar pelas paredes e vidros e tudo mais ou ainda a tecnologia de compactação de moléculas que permite ela carregar objetos dentro do próprio corpo (não é onde tu ta pensando seu pervertido). Cara se tais tecnologia existissem, pra que a necessidade de uma mer*a de maleta pra carregar as coisas? Ou ainda, por que ainda existem carros ou metrô? Vai tomar no c* filme ruim do caral*o, eu adoro ficção mas quando ela faz sentido no filme.

E por falar em efeitos. Os do filme são bem ruinzinhos heim!? Tem uma parte que ela muda a cor dos cabelos (isso acontece quase toda hora) e tem uma eletricidade estática correndo pelo corpo dela. Esses raiozinhos parecem ter saídos de um episódio do Chapolim Colorado. Obviamente a fotografia desse filme acompanha a tosqueira; tem umas partes que parecem que o editor se achou o pró no Adobe After Effects e deu um difuse glow totalmente desnecessário (tanto que da metade pro final essa mer*a não aparece mais), que ficou parecendo mais um unbelievable glow.

Cameron Bright é outro que fez reprise do próprio papel, mas o dele foi no mesmo ano, à direita em Ultraviolet e à esquerda em X-Men 3 : um guri com roupa de hospital que estava sendo estudado em um laboratório por que era a pseudo-ultima chance de uma raça segregada pela humanidade. Que mer*a de vida.

Conclusão? Com metade do dinheiro gasto nesse filme eu faria algo muito melhor com objetos que eu encontro na minha cozinha. Ei, isso não pareceu meio que propaganda do Polishop? Do tipo: “faça filmes fantásticos com objetos que você encontra na sua cozinha. É rápido. É fácil. É o Moviecook 3000”. Ok, esquece, desculpe.


Minha opinião sobre esse filme? QUEEEEEEEEIMA O FILME!